O custo de produção agrícola das safras 2019/2020 e 2020/2021 no Paraná ficaram mais caras para o produtor rural. Em 5 anos, o preço gasto para a produção de café, feijão, mandioca, milho, milho safrinha, soja e trigo cresceu em média 25%, de acordo com os dados do Boletim dos Custos de Produção, divulgado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
A saca de 60 quilos de café foi a que mais aumentou de preço, comparada aos gastos de cinco anos atrás. Foram 46% de expansão. Na safra 2019/20 o preço médio no Paraná ficou a R$ 651,26. Atualmente, o valor gasto está a aproximadamente R$ 643,63. Na safra 2015/2016 o preço gasto pelo produtor para a produção do café era de R$ 445,57, em média.
A soja e o trigo também tiveram altas expressivas, o que reflete também no preço ganho pelo produtor e no custo para o consumidor final. O custo de produção da soja, por exemplo, aumentou em 34,9% em cinco anos. Nesta safra 2020/21, o preço médio no Paraná está a R$ 66,26. O custo de cultivo do trigo cresceu em 32% em cinco anos e está atualmente a um preço médio de R$ 76,76 no estado.
O custo para a produção de milho nesta safra 2020/21 está 29,5% mais caro do que o registrado em 2015/16, com uma média de R$ 34,64 a saca de 60 quilos. Os gastos para o cultivo de uma tonelada de mandioca também subiram 17% em um período de cinco anos. A safra de 2019/20 teve um preço maior que a atual, com um custo de R$ 331,74. Atualmente, os gastos ficam em torno de R$ 319,71.
Das culturas analisadas pela Seab apenas o feijão que teve queda no custo de produção de 10%, comparado há cinco anos. A safra atual possui um preço médio de produção de R$ 112,10. Na safra 2015/16, o valor era de R$ 129,93.
De acordo com a Seab, o cálculo do valor de custo de produção é realizado junto com os produtores. Os principais componentes do levantamento são operação de máquinas e implementos; despesas de manutenção de benfeitorias; mão-de-obra temporária; sementes/manivas; fertilizantes; agrotóxicos; despesas gerais; transporte externo; assistência técnica; PROAGRO/seguro; juros. A Seab também leva em consideração os gastos com eventuais depreciações de máquinas e implementos; depreciação de benfeitorias e instalações; remuneração própria; remuneração da terra.
Conforme a análise da Seab, os principais gastos para a produção são para a compra de fertilizantes, agrotóxicos e operação de máquinas.
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