A produtividade, a qualidade e o preço da cevada na região dos Campos Gerais estão vantajosas para o produtor rural. É o que afirma o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pela Secretaria Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Com 100% da colheita finalizada neste mês de novembro, a regional de Ponta Grossa colheu 66,2 mil toneladas do produto em uma área de 16.988 hectares. A região é responsável por 25% de toda a produção paranaense.
Em todo o estado foram colhidas 261,9 mil toneladas do grão, em uma área de 63.058 hectares. Desse número, 10% foram perdidos, por conta da estiagem de julho e agosto, que como destaca o boletim “afetou o ciclo nas fases de floração e frutificação, em que a planta exige um recurso hídrico maior”. No Paraná, a maior região produtora de cevada é a de Guarapuava, responsável por 64% da produção do estado.
Segundo a Seab, 82% dos grãos de cevada já foram comercializados no estado. O preço da saca neste ano está benéfico para o produtor, com um valor 37% acima da média de preços de 2019. O preço médio de comercialização atualmente está R$ 82. Conforme o economista do Departamento de Economia Rural da Seab, Luiz Vantroba, a atual safra é considerada uma das melhores dos últimos anos, “tanto em termos de qualidade, quanto de produtividade. As produtividades variaram de 3,6 mil até 6 mil por hectare na região de Ponta Grossa. A média deve ficar em 4 mil quilos por hectare. A qualidade está acima dos padrões exigidos para a indústria, como proteína e PH”.
A cevada é utilizada geralmente para a produção de malte, que posteriormente, é usada para a fabricação de cervejas. Ponta Grossa já é considerada um dos maiores polos cervejeiros do Brasil, abrigando as fábricas das multinacionais Heineken e Ambev e diversas microfábricas.
Nas próximas semanas, a instalação de uma maltaria na região dos Campos Gerais deve ser anunciada pelo Governo do Estado. As informações preliminares sobre a indústria é de que o investimento para a implantação será feito por meio de uma parceria entre as cooperativas Frísia, Capal, Bom Jesus e Agrária.
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