Neste período que antecede o verão e que predominam as temperaturas mais altas no Paraná, algumas frutas podem ser aliadas no combate à desidratação e na refrescância do dia a dia. Uma dessas é a melancia. E o núcleo regional de Ponta Grossa é um dos destaques na produção paranaense desse produto.
De acordo com os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), a região de Ponta Grossa é a terceira que mais concentra a produção de melancias no estado, representando 10,5% do Valor Bruto de Produção (VBP) de 2019. A região só perde para os núcleos de Umuarama e União da Vitória, que concentram, respectivamente, 21,5% e 10,5% da produção da fruta.
No estado, o município de Tibagi é o segundo maior produtor da fruta. Em 2019 foram registrados 220 hectares de área para a produção da melancia. O que rendeu 660 mil em volumes e um VBP de mais de R$ 6 milhões com o total cultivado. Não é à toa que, tradicionalmente, Tibagi promove a Festa da Melancia, geralmente no mês de janeiro.
A cidade dos Campos Gerais fica atrás apenas de Paula Freitas, da região de União da Vitória, que concentrou uma área de 250 hectares, 700 mil em volumes do produto e alcançou um VBP de quase R$ 6,4 milhões somente com a produção e venda da melancia.
O que dizem os números
A melancia é a segunda fruta mais produzida no Brasil. Em níveis de exportação e volume, é também a quarta mais comercializada para o exterior. Foram 103 mil toneladas vendidas em 2019, o que gerou receitas de US$ 43,5 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Paraná, a área colhida em 2019 foi de 3,3 mil hectares, produção de 80,8 mil toneladas e VBP de R$ 73,5 milhões, conforme os dados do Deral. Em volume, a melancia é a quarta mais produzida entre todas as frutas no estado.
Com o volume de chuva baixo durante o último ano, a fruta que será colhida nesta próxima safra poderá ter um tamanho menor e a qualidade também pode diminuir, o que, consequentemente, fará o preço ficar mais baixo, conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A sugestão da Embrapa para amenizar o problema da umidade do solo é apostar em um sistema de irrigação eficiente. Mas, atenção, para isso, o planejamento de renda e gastos é importante para evitar transtornos, já que o custo para a irrigação pode encarecer também o custo de produção.
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