O início da pandemia do novo coronavírus e a crise sanitária mundial, que afetou todos os setores econômicos do país, fez com que o mercado imobiliário enfrentasse, durante os primeiros meses de 2020, um período de instabilidade e incertezas, principalmente porque o setor se encontrava em recuperação após dois anos em recessão.
Passados mais de seis meses da chegada da Covid-19 no país, o mercado imobiliário e o da construção civil, que inicialmente se mostraram preocupados com as consequências da doença, passam por um momento peculiar.
No segundo semestre deste ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 9,7%, às atividades do ramo imobiliário cresceram 0,5%. Entre os meses de abril e junho, as vendas do mercado avançaram 9,4%, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Fatores como a mínima histórica da Taxa Selic, a busca por espaços residenciais maiores - por conta, principalmente, da necessidade do isolamento social e das atividades home office - e a facilidade na busca por crédito, contribuíram para que no primeiro semestre de 2020 o setor imobiliário resistisse à crise, inclusive, com resultados positivos que levaram à recuperação da queda do mercado registrada nos últimos anos.
De acordo com a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), além de transformar a forma como as pessoas compreendem as próprias residências, a crise ocasionada pelo novo coronavírus acelerou a decisão de troca ou compra de imóveis, o que contribuiu para a manter o mercado aquecido.
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