O plantio da soja está liberado no Paraná desde 10 de setembro, porém, o início do trabalho de muitos produtores está sendo adiado por conta da falta de chuvas regulares em algumas áreas.
A situação do clima no Paraná recebe influência do fenômeno ‘La Niña’, que provoca chuvas irregulares e abaixo da média. Por conta da estiagem, alguns agricultores do estado optaram por esperar a umidade do solo ficar mais adequada para não correr o risco de prejuízos na colheita.
De acordo com levantamento da Aprosoja Paraná, a produção de soja no estado deve ocorrer em uma área de 5,67 milhões de hectares. O Canal Rural conversou com o analista de mercado da T$F Agroeconomia, Luiz Pacheco.
Segundo o especialista, o atraso do plantio e da colheita podem consequentemente afetar o abastecimento das indústrias. Nesse caso, como há o aumento pela demanda de carnes brasileiras, a compra de vários produtos da soja no mercado interno será inevitável.
“Esse atraso do plantio e da colheita, consequentemente, vai ter repercussão no abastecimento das indústrias. O Brasil, felizmente, está usando mais soja no mercado interno, aumentando nossa frota de biocombustível e vamos aumentar ainda mais até 2023 e, atualmente, há uma demanda de carnes no mundo inteiro, agravada com peste suína africana na Alemanha. Aumentou a demanda de carne suína e frango sobre o Brasil e isso exige mais ração e mais farelo”, explicou o analista.
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