Com a chegada do frio e da chuva ao Rio Grande do Sul, a nuvem de gafanhotos não avançou e segue sobre a região de Corrientes, na Argentina.
Por lá, o clima também é adverso para os insetos, mesmo assim o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) realizou aplicação de agrotóxicos na área onde os insetos estavam. Por via aérea e terrestre, as ações conseguiram reduzir em 20% a nuvem. Mesmo assim, a fronteira segue sendo monitorada.
Como medida preventiva no Brasil, a empresa catarinense Agrize colocou seus drones à disposição do Ministério da Agricultura brasileiro caso a praga chegue ao país. Para o combate aéreo, é recomendado identificar os pontos de reprodução dos gafanhotos, fazendo o monitoramento para depois iniciar o controle químico nas fases iniciais da praga.
De hábitos alimentares noturnos, os gafanhotos podem instalar-se em uma região para se alimentar, possibilitando a contenção do grupo e da reprodução. “As pulverizações aéreas por drones podem ser realizadas em pontos específicos onde houver maior concentração dos insetos, reduzindo riscos e aumentando eficiência de controle” diz Gustavo Bachmann, engenheiro agrônomo e piloto.
As aeronaves remotamente pilotadas têm a capacidade de realizar operações mesmo durante a noite, pois contam com tecnologia capaz de detectar as variações do solo e desviar de obstáculos de forma automática. Além disso, os drones são equipados com lanternas que auxiliam os operadores no controle do campo de visão.
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