O Paraná vive a pior estiagem desde que o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) começou a monitorar as condições do tempo, em 1997. A baixa precipitação já dura dez meses. Levantamento do Instituto apontou que nove das maiores cidades paranaenses, de quase todas as regiões do Estado, tiveram chuvas bem abaixo da média histórica entre junho de 2019 e março de 2020.
Houve uma redução média na precipitação de 33% no conjunto de municípios formado por Curitiba, Ponta Grossa (Campos Gerais), Guarapuava (Centro), Maringá (Noroeste), Londrina (Norte), Foz do Iguaçu (Oeste), Cascavel (Oeste), Guaratuba (Litoral) e Umuarama (Noroeste). Um dos reservatórios afetados foi a hidrelétrica da Bacia do Rio Iguaçu, que registrou a pior estiagem nos últimos 90 anos.
Em Ponta Grossa, a situação é semelhante. A cidade que consome diariamente 83 milhões de litros de água está sem chuvas volumosas há vários dias, e o nível de água na Represa de Alagados, responsável pelo abastecimento da cidade, está mais baixo do que o normal. De acordo com a Sanepar, no dia 3 de abril o nível estava em 7,5 metros, sendo que o considerado normal varia entre 9 e 10 metros. Em períodos de muita chuva, o nível da água pode chegar até 11 metros.
Outras regiões do Paraná também estão em situação preocupante. A usina Governador Jayme Canet Jr., em Telêmaco Borba, que faz parte da Bacia do Rio Tibagi, opera com duas turbinas menores, que geram apenas 3% da potência total, e o reservatório está a 13 cm de atingir o volume morto. Outros cinco reservatórios na Bacia do Rio Iguaçu estão na mesma situação. A previsão é que o tempo persista com temperaturas altas e sem fortes chuvas.
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