De acordo com a Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018, feita pelo IBGE, o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados nos domicílios brasileiros perdeu espaço para a comida processada e ultraprocessada, em 15 anos.
Segundo os dados, cerca de metade (49,5%) das calorias totais disponíveis para consumo nas casas dos brasileiros vêm de alimentos in natura ou minimamente processados, 22,3% de ingredientes culinários processados, 9,8% de alimentos processados e 18,4% de alimentos ultraprocessados.
Dentre os alimentos in natura e minimamente processados, o arroz correspondia a 15,6% das calorias totais, seguido do leite (5%), carnes (4,6%) e o feijão (4,3%). Entre os ingredientes culinários processados mais adquiridos pelos brasileiros, o óleo vegetal correspondia a quase 11% das calorias totais, seguido pelo açúcar, com quase 10%.
Já no grupo dos alimentos processados, o de maior contribuição para as calorias totais foi o pão (6,7%), seguido de queijos (1,4%), carnes salgadas/secas/defumadas (0,7%) e bebidas alcoólicas fermentadas (0,7%). Nos alimentos ultraprocessados, destacaram-se frios e embutidos (2,5%), biscoitos e doces (2,1%), biscoitos salgados (1,8%), margarina (1,8%), bolos e tortas doces (1,5%), pães (1,3%), doces em geral (1,3%), bebidas adoçadas carbonatadas (1,2%) e o chocolate (1%).
Como reduzir consumo de ultraprocessados?
Uma das recomendações é cozinhar mais. Guias alimentares recomendam o uso limitado destes alimentos para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Por isso, a indicação é cozinhar mais, com a utilização de alimentos mais próximos do natural possível.
Na impossibilidade de consumir o próprio alimento, outra dica de ouro é consultar o rótulo dos produtos. De acordo com os guias alimentares, os alimentos que possuem muitos ingredientes nas especificações (cinco ou mais), são os que mais passaram pro processamento e devem ser evitados.
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